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Liga de Honra - 2.ª jornada
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Liga de Honra - 2.ª jornada
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Não foi a enchente vimaranense que nos fez recuar, não foi o estatuto de ex-primodivisionário que nos fez temer o adversário da jornada anterior.
O Varzim fez um jogo memorável perante um Vitória de Guimarães que tinha o estádio em peso do seu lado.
Aquela Superior fez lembrar lotações de outros tempos, de grandes jogos.
Pena foi que estivesse repleta de adeptos adversários e os varzinistas se vissem obrigados a ocupar lugares de segunda... NA NOSSA PRÓPRIA CASA. Lá que a receita de bilheteira fosse importante, não duvido... agora vender o estádio quase todo ao Guimarães?!
Em todo o caso, as equipas souberam corresponder ao ambiente electrizante numa toada equilibrada em que a turma alvi-negra primou, primeiro pelas cautelas... depois pela inteligência.
Os vitorianos entraram a todo o gás, tentando anular à partida a iniciativa alvi-negra... mas foram inconsequentes. Disso tirou partido um Varzim com uma organização sólida a partir da defesa, com Bruno Miguel e Nuno Gomes a assegurarem a neutralização das iniciativas dos pupilos de Norton de Matos.
Pelo meio, a turma alvi-negra atacava aqui e ali, deixava avisos de que, ao mínimo erro defensivo do Vitória, as redes de Nilson seriam violados.
29 minutos: o momento em que aconteceu exactamente isso. Na sequência de um livre da esquerda, quase à frente do banco vitoriano, Nuno Rocha colocou uma bola teleguiada na cabeça de Bruno Miguel que se esgueirou entre os centrais do Guimarães e atirou de cabeça a facturar.
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Dificuldades a partir da expulsão de Bruno Miguel
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Era o Varzim que confirmava desta maneira a supremacia no encontro, mas que logo depois foi ensombrada por um contratempo: a fechar o primeiro tempo, Bruno Miguel foi expulso na sequência de um alegado derrube sobre um avançado vimaranense que partia isolado para a baliza de Ricardo. Olegário Benquerença (que merece o benefício da dúvida nesta decisão) puxou do vermelho directo e pôs o Varzim a jogar com 10.
Para o lugar do #13, entrou de imediato Alexandre que rendeu Diego.
Na segunda parte, o óbvio: o Guimarães aproveitou a ligeira quebra no meio campo alvi-negro e partiu para cima de nós, mas incapaz de criar uma oportunidade de golo digna desse nome.
Dizer também que, se as redes poveiras estiveram seguras, muito o deveram a Ricardo... que em duas ou três intervenções mais complicadas acabou por justificar e reconfirmar a titularidade.
Mas um guarda-redes não faz tudo sozinho e a inferioridade numérica veio ao de cima: numa jogada de insistência do ataque do Guimarães, Fábio fica com à mercê e sem oposição da defesa alvi-negra toca para o fundo das redes poveiras... com Ricardo ligeiramente adiantado.
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Estádio ao rubro... Vitória sem chama
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Explodiu o estádio do Varzim... ou melhor os 4000 vimaranenses que lá estavam. Mas os homens de Norton de Matos confirmaram a incapacidade de criarem oportunidades de golo e não aproveitaram aquele ambiente caseiro.
Mantiveram o Varzim mais encostado ao seu reduto e a defesa organizada para os contra-ataques da turma da casa.
Um factor suplementar contribuiu para a conquista do triufo: Horácio mexeu bem na equipa e revolucionou o jogo com a inteligência táctica de Marco Cláudio e o ritmo do angolano Mendonça.
Com menos um, o Varzim equilibrava a contenda com inteligência e matreirice e surpreendia um Guimarães que entrou na Póvoa com a sensação de que tudo eram favas contadas.
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Minuto 90: justiça no resultado
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E quem normalmente subestima o adversário paga caro: com as emoções do estádio ao rubro, parte a turma poveira para o contra-ataque a poucos segundos dos 90, Denilson entra na área vimaranense a dançar à frente de Vítor Moreno que lhe deu um encosto daqueles e manchou a exibição com um penalty nítido que custou a derrota à sua equipa.
Pior: viu o segundo amarelo e acabou na rua.
Denilson ignorou a pressão de 4000 vitorianos na Superior e mandou Nilson ir buscá-la lá dentro.
FOI UMA ALEGRIA, O COROLÁRIO MERECIDO DE UMA EXIBIÇÃO PLENA DE HUMILDADE E ENTREGA... que ainda podia ter sido ampliada um minuto depois: Mendonça foi derrubado na grande área, Olegário expulsou mais um vimaranense... mas Denilson, que tentou apontar o penalty a papel químico do primeiro, atirou às luvas de Nilson que despachou para canto.
Pouco depois o fim do encontro... ALEGRIA POVEIRA, resignação para os visitantes... que mostraram pouco de candidatos à subida de divisão.
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VARZIM
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12 - Ricardo
20 - Nuno Ribeiro
4 - Nuno Gomes
13 - Bruno Miguel 44' (1-0 aos 29')
5 - Telmo 38'
6 - Tito
7 - Emanuel
18 - Pedrinho 36' (Mendonça, 81')
17 - Nuno Rocha (Marco Cláudio, 67')
23 - Diego (Alexandre, 46')
9 - Denilson (2-1 aos 90')
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2 comments:
Parabens por este artigo. É bom podermos acompanhar um pouco do que vai acontecendo na segunda divisão , este ano fortissima. Boa sorte para o teu Varzim
Boas tanque silva... obrigado :) passaremos a contar com as crónicas dos jogos do Varzim aqui também.
Abração
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