Friday, September 29, 2006

Liga Honra - Olivais e Moscavide Vs Vitoria SC

Estádio: Alfredo Marques Augusto.
Assietência: 3000 pessoas.
Árbitro: Carlos Xistra.

O tempo não estava muito convidativo, um céu plumbium, a prometer muita chuva, algumas figuras conhecidas como é normal nestes jogos, Abel ex-defesa lateral do Benfica e campeão de Juniores em Riade, na bancada, e Álvaro Magalhães, também presente mas na zona VIP. E ainda Jorge Jesus, Miguel Veloso, Nani, Yannick Djaló, Jean Paul...

Na entrada das equipas verifica-se que o equipamento do Olivais e Moscavide cada vez está pior, para quem fosse desprevenido pensaria que ía haver um jogo treino e que a equipa estava a utilizar coletes para o efeito.

As equipas prefilam-se com Carlos Xistra, como “apitador” desta partida.

Começa melhor o Vitória como lhe competia e Henrique dá o primeiro sinal de perigo, rematando para uma excelente estirada para canto de Néné.

Foi o mote para todo o jogo, os vimaranenses foram sempre mais afoitos no ataque epodiam ter chegado à vantagem várias vezes, por outro lado o Olivais ia defendendo como podia e na frente começava a fazer alguma mossa na defesa contrária.

Ainda na primeira parte, e por duas vezes, o Guarda-redes de Moscavide ía levando com dois golos de “bandeira”, devido a andar sempre perto da linha da àrea, o primeiro remate de Ghilas, ainda antes de meio campo passou um tudo nada por cima da barra e o outro de Geromel, já depois da linha intermédia, foi ligeiramente ao lado.

O jogo estava muito agradável de seguir apesar da chuva miudinha que presenteou o muito público.

No final da primeira parte, já no último minuto, a melhor jogada desta etape. Depois de uma sucessão de cantos para os lisboetas, e de alguma confusão na àrea, há um cruzamento remate de Laurindo que foi salvo em cima da linha, quando já se gritava golo.

Chegou o intervalo e a chuva mais insistentemente também. Que cessou quase por completo com 10 minutos da etape secundária.

A segunda parte começou da mesma maneira que acabou a primeira, jogo corrido de ambos os lados, e logo na primeira jogada do desafio, uma arrancada pela esquerda de Helio Roque, que tinha entrado ao intervalo, obriga Geromel a carga faltosa, do qual surge um livre em jeito de canto mais curto.

Do cruzamento, para a àrea, e numa molhada de cabeças, a bola, praticamente entra na baliza sem que se saiba bem que marcou, golo que foi atribuido a Celestino.
O Vitória reagiu e bem como lhe competia e não demorou muito a chegar ao empate, numa das muitas jogadas de insistência e depois de uma confusão, na àrea, entre os defesas e Henrique, um deles em vez de aliviar a bola chuta no ar, e Targino que estava em cima do lance rematou facilmente para golo, estava feito o empate.

O Olivais não esmoreceu com o golo. Foi a melhor parte da partida em que ambas as defesas muito periclitantes se davam ao luxo de permitir perigosos lances tanto numa como noutra baliza.

O Vitória procurava o golo “salvador” e o Olivais muito bem com a bola no solo a produzir jogadas de ataque perigosíssimas, principalmente pelo quarteto Falardo, Helio Roque, Celestino e Varela, que também entrou a meio do segundo tempo.

Qualquer equipa poderia ter marcado, o jogo estava frenético, mas o Olivais estava empolgado pelos falhanços que os vimaranenses iam dando no ataque, a defesa minhota também não estava nos melhores dias e vários lances não deram golo porque não calhou. Num deles Hélio Roque, depois de se desfazer do “seu” defesa cruzou rasteiro na àrea e Falardo, em esforço, chega atrasado por milimetros.

A meio desta etape, Moreno, com mais uma carga faltosa sobre Helio Roque, recebe o segundo amarelo e vai tomar banho mais cedo.

Adivinhava-se o golo, porque os minhotos não estavam nada bem atrás e em mais um lance, em que os lisboetas, invariavelmente, apareciam em vantagem numérica, Hélio Roque, na esquerda já na área, encontra Cléo, solto no coração da mesma e faz um passe rasteiro, que o avançado só tem de colocar longe do alcance de Nilson e estava feito o 2-1.

Os minhotos reagiam como podiam mas mais com o coração que com a cabeça e em nova, boa jogada do meio campo moscavidense, deixa Falardo isolado perante Nilson, mas este não teve pernas nem engenho para marcar o 3-1 que seria a estocada final.

Assim até ao fim o Vitória tentou o empate a todo o custo, com alguns cruzamentos e alguma fadiga evidente, que era bem aproveitada pelo Olivais para causar muito perigo.

O jogo acabava pouco depois com a vitória merecida do Olivais e Moscavide.

Melhor(es) em campo:

Hélio Roque e Filipe Falardo, que grande jogo destes dois miudos, a “cortarem” a defesa minhota “às postas”.

Arbitragem:

Carlos Xistra, sem muitas ondas deixou jogar, num jogo sem casos. Bem na expulsão de Moreno.

Notas positivas:

O jogo em si. Foi um dos melhores jogos a que já assisti, com duas equipas a jogarem ao ataque constantemente, sem muitas faltas, sem entradas violentas, penso até que a maca só entrou uma vez em campo e as assistencias a jogadores no conjunto, contam-se pelos dedos de uma mão, o que não é muito normal. Mais jogos destes, por favor.

As duas claques. Os Mosca Knights, iguais a eles próprios a incentivarem a equipa e a “picarem-se” saudávelmente com os White Angels que desta vez ficaram em frente aos M.K., o que deu aso a que a picardia fosse mais visivel e mais fácil.

Os White Angels a apoiar o Vitória SC e as picardias saudáveis com os MK quando foram espicaçados por estes e a mostrarem que são uma claque “grande” comparados com os de Moscavide.

Notas negativas:

Os jogadores minhotos entre eles, ou seja, por exemplo numa jogada logo no inicio do encontro, um jogador é lançado em corrida mas não chega à bola e ela sai pela linha, normalmente este olha para trás e agradece o passe, neste caso isso sucedeu com o Vitoria logo no inicio, mas o jogador vira-se para trás e manda o colega que lhe passou a bola para o car... Isto mostra que a equipa não está coesa, e que há problemas internamente.

A defesa do VSC é uma manta de retalhos, o meio campo é um passador, que não estanca as arrancadas contrárias e só pensa em atacar. O problema é que na frente não há gente com qualidade suficente para facturar e assim vão se perder muitos jogos.

Conclusão:

O Vitória ou acorda ou vai ter uma surpresa, este era um campo muito fácil e três pontos voaram, onde a equipa mediana do O.Moscavide, fácilmente poderia ter perdido, como aconteceu à duas semanas com o Trofense.

1 comment:

Anonymous said...

Helio Roque é craquissimo